quarta-feira, 11 de junho de 2008

Espelho de mim


Duplicadamente
No quente desta luz
Nos teimosos raios que me trespassam
Na rude casca dos pinheiros
Na estrada por onde segue o meu corpo
Na tua mão na minha
Na correria doida dos ponteiros
Nos olhos todos que me vêem
Nos outros todos que pensam que me vêem
Nas duplicações da ilusão de óptica
Na óptica ilusória de ser
Espelhos de si mesmas
Espelho de mim

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